Outrora pertencente à comarca de Castro Daire e ao concelho de Mões, possui uma área de 42 km2, sendo constituída pelos lugares de Macieira, Nogueira, Quintãs, Quinta de Taparrego, Sanguinhedo, Silvares, Vila dum Santo, Vouguinha e Zonho. Localizada a cerca de 20 km, a Norte, da sede concelhia, distância que, noutros tempos, se estendia até aos 48 km, em relação à cidade de Viseu, e aos 300 km, face a Lisboa, fica situada nas Serras de São Salvador, São Miguel e São Lourenço, entre os Rios Vouga e Paiva e tem como freguesias limítrofes: a Sul, Cepões, pertencente ao mesmo concelho; a Nascente, Queiriga, do concelho de Vila Nova de Paiva; a Poente, Calde e Moledo, dos concelhos de Viseu e Castro Daire; e a Norte, Fráguas, do concelho de Vila Nova de Paiva.
O povoamento da região é antiquíssimo e remonta mesmo à Pré-História, como o demonstram os inúmeros e importantes achados arqueológicos verificados durante todo o século XX. Logo em 1912, José Coelho, autor de “Memória de Viseu”, descobriu pinturas polícromas megalíticas; no sítio chamado de Vila de Um Santo, encontrou-se um conjunto de sepulturas escavadas na rocha, cuja data continua por determinar, colocando-se as hipóteses de serem anteriores ao Império Romano, da época deste ou da Alta Idade Média; várias mamoas e antas, localizadas, respectivamente, em Baixinho das Moitas e na Fonte da Malga, remetem para o período neolítico. A referência às célebres pinturas polícromas requer algum pormenor: decorando a parte interior dos esteios de uma anta, assumiam a forma de linhas onduladas, traços ramiformes e outras e, não só pela sua antiguidade e riqueza pictórica e simbólica, mas também por serem, provavelmente, únicas, atraíram a atenção e o interesse de arqueólogos nacionais e estrangeiros, como F. Cuevillas, H. Breuil e G. Leissner.