Fundada a 19 de julho de 1994, a Associação Desportiva, Recreativa e Cultural de Nogueira de Côta (ADRC), nasceu do sonho de um grupo de pessoas que ousaram olhar mais além, e desafiando todos os obstáculos naturais a tal empreendimento, fixaram como objetivo a promoção recreativa, desportiva e cultural da comunidade onde estavam inseridos.
A qualidade de vida e a tranquilidade são prioridades d’As Abelhinhas.
É em Côta, freguesia de terras bravas, agrestes, penedias, rodeadas de pinhais, onde se chega por estradas impiedosas com curvas e contracurvas, subindo e descendo a serra, contornando o penedo, onde, ao fim de uma reta, encontramos Vila Dum Santo e a Associação de Solidariedade Social “As Abelhinhas”, que aqui deixa a sua marca desde 1983.
Ao longo dos anos, assistimos à intervenção cultural e social das Abelhinhas na Região, salientando-se o entusiasmo quer do Grupo Etnográfico que lhe deu origem, quer da dinâmica das valências sociais que são o cerne da sua atual atividade, tendo em pleno funcionamento um Lar de 3.ª idade, Centro de Dia e Apoio Domiciliário. Aqui reinam os espaços amplos e sem barreiras arquitetónicas, enquadrados na tranquilidade da paisagem florestal, onde se alia o conforto, a comodidade e se atenta aos pormenores para “dar vida à idade” dos menos novos. Quem aqui reside não rompe com o seu passado, incentivam-se as memórias, promove-se o presente, estimula-se um envelhecimento ativo, saudável compatível com as necessidades individuais.
Porquê o nome “As Pastorinhas de Côta”?
Antigamente, em Sanguinhedo existiam muitos pastores. Nessa altura praticamente todas as famílias possuíam um rebanho. Cada pastor era responsável por vários rebanhos, e por cuidar deles recebia uma certa quantia em dinheiro. Saiam com as ovelhas de manhã cedo e só voltavam quando o calor apertava. Quando um cordeiro nascia na serra, e chegava a casa são e salvo, o dono do rebanho pagava ao pastor uma pequena quantia em dinheiro, o que o deixava muito contente. Em dia de quinta-feira das comadres, os donos dos rebanhos davam aos pastores a merenda para eles levarem para o monte. Lá, todos se juntavam e faziam uma grande festa, onde os rapazes e raparigas cantavam e dançavam até ao entardecer… Hoje em dia, os rebanhos já são poucos, mas quem os tem ainda costuma sair com eles para o pasto, lembrando os tempos que já lá vão…
A associação de Caça e Pesca de Cota foi fundada a 15 de abril de 2003 e tem como sede social a escola primária de Vila dum Santo, na freguesia de cota. A associação de Caça e Pesca de Cota, visa promover os recursos cinegéticos e piscícolas, alimentando e melhorando os seus habitats, para que estes se tornem sustentáveis e racionais. Visa também promover o bem estar, associativismo e lazer através das inúmeras atividades realizadas ao longo destes anos, tais como largada de trutas, largada de perdizes, montarias ao javali e caminhadas.
Temos à sua disposição vários meios de contacto.
Desde então, fruto do esforço de todos aqueles que com o passar do tempo partilharam o sonho inicial, a ADRC foi-se desenvolvendo, tanto na promoção das ações a que se propôs, como na criação de infraestruturas essenciais ao crescimento da sua atividade.
Perante o aumento dos problemas sociais, característicos da região em que se insere e como resultado da preocupação crescente dos seus fundadores e associados, a ADRC viu alterados os seus estatutos. A 18 de julho de 2007 esta associação tornou-se numa instituição particular de solidariedade social, denominada Associação Social, Desportiva, Recreativa e Cultural de Nogueira de Côta (ASDRC).
Apoiar famílias, crianças e jovens; proteger os cidadãos na velhice e invalidez; promover a integração e o desenvolvimento social da comunidade; implementar, colaborar e acompanhar programas e projetos de âmbito local que visem a formação, educação e ocupação de tempos livres da mesma comunidade; promover atividades desportivas, recreativas e culturais; envolver a população para que esta tenha uma atitude participativa e consciente dos seus valores e das suas necessidades, passou então a ser o objetivo primordial.
A ASDRC tem tido um papel central no desenvolvimento local, é uma escola de vida, um ponto de encontro e um centro de partilha de saberes e experiências, imbuída de um dinamismo próprio que a impulsiona a desenvolver eventos culturais, de desporto e lazer continuamente.
Deste modo, e porque o sonho está bem vivo, a ASDRC continua a desenvolver projetos, que apesar de ambiciosos, representam no seu conjunto a alma de uma coletividade que acredita num futuro melhor.
Fundada em 15 de abril de 1986.
Tudo Começou por volta de 1930, pelo Carnaval. Na nossa aldeia costumava realizar-se todos os anos, as danças de Entrudo. Ensaiavam algumas modinhas umas semanas antes, e lá saiam rua fora, convidando todos para a festa. Eram dezasseis rapazes, oito deles, os mais jeitosos vestiam-se de mulher, e mascarados e vestidos a rigor, lá desfilavam pela aldeia. O povo adorava a aplaudia, e o mais engraçado era tentarem adivinhar quem era quem. Todos apreciavam as danças de Entrudo. Nessa altura o Ensaiador era o senhor José Maria Cerejo, e o senhor Augusto Torres animava a festa com o seu harmónio, e as cantadeiras com as suas vozes afinadas, ajudavam à festa. Cantavam-se muitas cantigas. Umas das modinhas que podemos recordar é:
“A carvalha do Rossio
Tem a folha revirada
Que lha virou o vento
Em noite de Trovoada…”
Construíam um santo Entrudo de madeira, colocavam pólvora dentro, e na Terça-Feira de Carnaval à noitinha, depois de lido o testamento das raparigas da terra, era queimado no largo da Igreja, dano assim por encerrado mais um Carnaval…
Os anos foram passando e a tradição foi-se mantendo. Os rapazes já não desfilavam mascarados, e as raparigas já se iam juntando à festa, mas o essencial, esse continuava igual…
Já nos anos 70, o senhor Graciano Pedrinho era o ensaiador, e o senhor Jeremias Fernandes e o senhor Victor Martins acompanhavam com os seus acordeões, acompanhavam as melodias. Bombos, ferrinhos e violas também ajudavam á festa. Percorriam a freguesia e algumas aldeias vizinhas, contagiando todos com alegria. De Várzea a Calde, de Mões a Cepões, todas as terras eram lembradas.
No Carnaval de 1977, depois de atuarem em Cepões, um Senhor aproximou-se, dando os Parabéns a todos. Disse que estava ligado ao Folclore nacional, e encorajou-os a formar um Rancho Folclórico, oferecendo da parte dele toda a ajuda que lhe era possível. Passaram então, a fazer ensaios constantes e aos poucos as contratações foram chegando. Nesse ano participaram no festival de Cavernães ao lado do Rancho da Fuseta, e do Rancho Cancioneiro de Águeda. Foram participando vários anos na Feira de São Mateus, e chegaram a deslocar-se a França, a Pau e Annecy, para atuar junto da comunidade portuguesa aí residente. Foi sempre com Alegria que o rancho se esforçou por levar a Alegria e tradição por todo o lado, onde passava. Participando vários anos nas famosas Cavalhadas de Vildemoinhos, e também nas Cavalhadas de Teivas. Tendo ainda participado também alguns anos nas marchas de Santo António, que se realizam todos os anos na cidade de Viseu.
Do reportório faziam parte as mais variadas canções, e os trajes eram os típicos da nossa terra. O artesanato e os utensílios agrícolas acompanhavam sempre todas as atuações. Entre outros havia a queijeira, a dobadoira, a tascadeira do linho, a fiandeira, o sedeiro da lã, o barreleiro, as toalhas de linho, a serra…
Até então as reuniões e ensaios eram feitas em casas e garagens de particulares, que foram sempre cedendo com gosto e agrado os seus espaços.
Atualmente o rancho não se encontra ativo, mas a Associação registada oficialmente em janeiro de 1987, dedica-se a outro tipo de atividades como a Organização de BTT’s, caminhadas, e festas das mais variadas datas comemorativas.
Em 1998, começou a ser construída aquela que é hoje a sede desta Associação. E que é onde hoje se realizam as mais variadas atividades da mesma.
Em que podemos ajudar?